terça-feira, 16 de abril de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

Someone's special


        E então, certo dia, subitamente percebeu... que aquilo não era amor, e não era paixão... que talvez se tratasse de uma nem tão intensa atração apenas. Mas só precisava por aquele momento, e por alguns outros intermináveis momentos, se sentir realmente especial pra alguém... o que provavelmente seja tão somente o que todos por aí estejam sempre precisando...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quem faz um ano feliz

      Muito do que me influencia na hora de qualificar um filme são as frases de impacto inseridas em alguma cena dele. Até mesmo o "Stuart Little" ganhou pontos comigo esses dias em que peguei um trecho dele em que diz pra sua amiga passarinha (quando ela se diz muito pequena para ter coragem de migrar para o sul): "Um dia me disseram que a gente tem o tamanho que quer ter. Então abra suas asas e voe!". Quase choro! Peço compreensão com o argumento de que é a última semana do ano, afinal, e emoções à flor da pele encontram-se presentes a "dar com um pau".
     E nessa temporada de fim de ano, os pensamentos de retrospectiva me lembraram direto de uma breve frase que me conquistou de imediato do filme "Amor sem Escalas", pronunciada pelo não menos conquistante George Clooney, que era algo assim: “Pense nos melhores momentos de sua vida: você estava sozinho ou acompanhado?”. Isso porque nas minhas introspecções nessa finaleira, o que me vem à mente é uma enxurrada de belas experiências divididas com pessoas sensacionais, pequenos instantes ou longas horas que espero que fiquem registradas pra sempre no mural 'golden' do hipotálamo. Me considero de uma sorte inexplicável por ter conhecido tanta gente especial no decorrer dessa vidinha (sem falar em ter nascido no meio dos mais especiais de todos) e, considerando o 2011 ter sido um ano de forte dedicação ao aproveitar de cada dia com a máxima intensidade, me vi rodeada de gente que possui, de fato, talento na arte de intensificar, gente que me faz rir, que me diverte, que me emociona, que me ouve, que me diz o que pensa, que topa acompanhar indiadas, que me ensina... enfim, que de alguma forma me faz bem e que faz valer o acordar de cada manhã, como também as horas de sono desperdiçadas no decorrer das semanas.
     O que espero, então, desse aninho que nasce na semana que vem, é que seja um ano de evolução em diversas formas, um ano de aprendizado, um ano que nos faça agir mais por nós mesmos do que pelo que os outros pensam, que a gente se convença de que não importa o que se faz da vida, mas o como se leva a vida fazendo aquilo, que a gente nunca deixe de ter objetivos, porque alcançá-los faz sentir o sangue correr nas veias, que a gente dê gargalhadas, sonhe, festeje, viaje, beije, pule e que a gente sofra, chore também, que a gente profundamente sinta. Mas espero também que se trate de mais um giro desse planeta em torno do sol que propicie a continuidade do giro de gente maravilhosa em torno de cada um de nós, porque a felicidade é feita do dia a dia, do agora, do hoje e é, sem dúvida, muuuito mais real quando dividida.
     Feliz 2012!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Planejamento de longo prazo... ao natural

     Ontem, na academia, me avisaram que eram os dias derradeiros para aproveitar a última promoção de desconto desse ano e, sendo que meu plano termina em fevereiro (que chega num piscar de olhos), resolvi aproveitar. Saquei meu cartão de crédito e assim, sem pestanejar, me comprometi com mais 18 meses de fidelidade à saúde do corpo. Mas não é sobre a importância do exercício para o bem estar do físico e da mente que quero falar... o que me deixou pensativa e momentaneamente chocada na hora que estava partindo dali é que, pela primeira vez na vidinha, me comprometi com mais de um ano e meio de alguma coisa sem colocar em pauta questões do tipo: Mas será que estarei trabalhando no mesmo lugar (a academia é bem próxima ao trabalho)? Mas será que estarei a fim de seguir com essa rotina? Mas será mesmo que com o passar desse tempo estarei certamente morando em Porto Alegre? E será que não mudarei de idéia, não escolherei fazer uma natação, um tênis, uma aula de dança do ventre no horário do dia dedicado ao esporte? Será que não vou simplesmente mudar de idéia e desistir dessa brincadeira?
      Me assustei!
      Minha cabeça é do tipo que sempre funcionou baseada no conceito "de constante na vida só a mudança", e cada vez que comprei algo em longas parcelas, ou que paguei plano no clube, ou elaborei planejamentos com alguém pra um ano adiante, ou mesmo quando quis aproveitar os descontos da academia quando se paga por vários e vários meses, precisei de alguns dias avaliando as chances de estar perdendo dinheiro no meio do caminho se por ventura, repentinamente, tudo na vida mudasse. Dessa vez não. Fui avisada, me dirigi ao responsável pela renovação e paguei, sem momento de reflexão, sem análise das possibilidades, probabilidades, variáveis ou hipóteses.
       Aceito o fato de que nem tudo muda tanto assim, e de que a tendência na vida das pessoas é de que certa acomodação/aceitação da rotina vá tomando conta com o decorrer do tempo (e da vida madura). Ainda assim, essa resignação inconsciente com a constância do cotidiano é surpresa pra mim, e passei o resto do dia de alguma forma tentando me dar boas vindas a um novo momento, onde as programações não são feitas apenas para curto prazo, onde as mudanças radicais cessam vagarosamente a ponto de nem precisar pensar muito nelas, onde um natal do outro, sim, está cada vez mais colado.
        É... bem vinda, Claudinha, à calmaria da vida adulta!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Por aí a cantarolar

        Volta e meia quando passo por alguém de idade, mas assim bem velhinho mesmo, fico tentando imaginar tudo o que pode ter sido visto no decorrer daquela longa vida. Se houve mais felicidade do que tristeza, se houve muitos amores, sofrimento, desilusões, se foram anos pacíficos ou agitados demais, se existem arrependimentos, se mágoas seguem guardadas, se algo teria sido feito diferente...
         Eis que na semana passada passo no mesmo dia por uma senhora pela manhã e por um senhor ao fim da tarde e reparo que ambos estavam a cantarolar. E tem demonstração maior de bem estar do que alguém andando na rua cantarolando? Para muitos, a velhice traz consigo uma boa cota de rabugisse, uma redução catastrófica no potencial de paciência e no de delicadeza também, enquanto isso, por algum motivo alguns se escapam, e simplesmente andam por aí assim, dando a impressão de possuir um escudo inabalável, e deixam escapar por entre os lábios quase que o tempo todo alguma agradável musiquinha.  
         Lembrei da minha avó materna, que passava o dia a murmurar agradáveis sons de musicas que geralmente eu nunca tinha antes escutado, e digo que dessa história acho até que eu conhecia bons capítulos... Minha vó me cobrava a ausência de um namoradinho em meados dos meus 15, argumentando que no tempo dela, nessa idade, já tinha feito revista dos guris de Triunfo (nessas palavras), contava histórias de noivos deixados pra trás, de aventurinhas juvenis escondida dos pais, fuga de casa pra morar em outra cidade, de uma infância à beira do rio. Casou-se, procriou (felizmente, permitindo minha existência aqui), enviuvou, e depois de anos reencontrou e teve longo relacionamento não com apenas um, mas dois ex-namorados de muito muito tempo atrás. Sempre deixando claro a importância pra ela da independência de se cuidar sozinha, o não gostar de pedir atenção ou ajuda dos filhos, ou netos, ou de quem fosse. Talvez não chegasse a mim os mínimos detalhes, mas até onde via, tudo era resolvido da maneira mais simples, prática, e os problemas que eram recebidos com um "Jesus, Maria, José" aos poucos se dissolviam com presteza e a tranquilidade reinava novamente na testa raramente enrugada, e tudo isso, claro... cantarolando!
         Faço muito na vida pensando na coleção de histórias que pretendo ter a relatar aos meus netos. Só torço para chegar lá com uma inspiração parecida, com uma coleção que também valha à pena ser escutada repetidas vezes, e com a mesma energia que vejo de vez em quando em senhorzinhos e senhorinhas por aí, que seja tão positiva que não cabe lá dentro, tem que ser expressa constantemente através de um sonzinho sutil, sonzinho de bem viver.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um livro com capítulos aos montes

       Recebi novamente hoje por e-mail o artigo baseado no texto que mais me inspira em todos os dias da vida. Melhor teoria impossível, 7 dias viajando e parece que a gente viveu uns 15, tudo devido à intensidade e variação dos acontecimentos. Nosso avançadíssimo cérebro para de registrar o repetitivo. Deixemos a rotina cada vez mais de lado, e vamos distanciar o máximo que pudermos um natal do outro!!!

Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar
conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.


Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção
de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA

Não me entenda mal.

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: Marque e mude!!

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.


Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.


Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.


Seja diferente.


Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.


E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.


Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado,
não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

E
S CR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di f E rEn tEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVE
NTE.....

V I V A !!!!!!!!


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Musicando a vida

     Existem músicas que bastam começar a tocar pra gente sentir aquele arrepiozinho na espinha. São tão deliciosas de escutar que por um período a gente ouve no rádio 5 vezes no dia e sorri em cada uma delas, cantarola enquanto faz outra coisa, coloca a repetir no youtube ou no carro e não enjoa. Foi assim quando descobri o Use Somebody - Kings of Leon, mais ou menos três anos atrás na era londrina da vida... não havia dia que não rolasse no meu quarto, ao menos umas quatro vezezinhas o "I`ve been running arround always looking down at all I see...". E é o caso do que atualmente acontece comigo quando ouço o comecinho da Every Teardrop is a Waterfall, do Coldplay. A introdução é estimulante, dali pra frente vai se tornando lentamente mais empolgante ainda, e no auge da cantoria ele faz um agudo que chega a emocionar com o momento "as we saaaaaaw ooooh this light"... e ainda pra completar, a letra não poderia ser melhor pra descrever o reflexo que a melodia é capaz de causar e o clip é show de bola, muito bem feitinho mesmo! Volta e meia rola uma decepçãozinha chata quando a gente curte muito uma música e ao prestar atenção na letra ve que não faz o menor sentido por maior que seja a boa vontade na interpretação. Definitivamente não é o caso.
      Depois passa... a gente deixa a música de lado sem nem perceber, não lembra mais dela obrigatoriamente quando vai escolher repertório pra ouvir em casa, não sugere pra banda ao vivo tocar no bar, nem indica pros amigos. Mas tem algo que fica, a marca de um período da vida dividido com aquela cançãozinha... pode ser uma fase curta, ou não, mas passarão-se anos e cada vez que por ventura a musiquinha aparecer de surpresa em algum lugar, um apertinho no coração há de surgir, e lá no fundo da memória uma inevitável tranferencia no tempo e no espaço pra uma fase em que aquilo que estamos ouvindo nos fez tão bem.
      Depois de tanta propaganda, segue o link, para julgar ou não merecedor, do Coldplay:
      http://www.youtube.com/watch?v=fyMhvkC3A84&ob=av2e