quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Planejamento de longo prazo... ao natural

     Ontem, na academia, me avisaram que eram os dias derradeiros para aproveitar a última promoção de desconto desse ano e, sendo que meu plano termina em fevereiro (que chega num piscar de olhos), resolvi aproveitar. Saquei meu cartão de crédito e assim, sem pestanejar, me comprometi com mais 18 meses de fidelidade à saúde do corpo. Mas não é sobre a importância do exercício para o bem estar do físico e da mente que quero falar... o que me deixou pensativa e momentaneamente chocada na hora que estava partindo dali é que, pela primeira vez na vidinha, me comprometi com mais de um ano e meio de alguma coisa sem colocar em pauta questões do tipo: Mas será que estarei trabalhando no mesmo lugar (a academia é bem próxima ao trabalho)? Mas será que estarei a fim de seguir com essa rotina? Mas será mesmo que com o passar desse tempo estarei certamente morando em Porto Alegre? E será que não mudarei de idéia, não escolherei fazer uma natação, um tênis, uma aula de dança do ventre no horário do dia dedicado ao esporte? Será que não vou simplesmente mudar de idéia e desistir dessa brincadeira?
      Me assustei!
      Minha cabeça é do tipo que sempre funcionou baseada no conceito "de constante na vida só a mudança", e cada vez que comprei algo em longas parcelas, ou que paguei plano no clube, ou elaborei planejamentos com alguém pra um ano adiante, ou mesmo quando quis aproveitar os descontos da academia quando se paga por vários e vários meses, precisei de alguns dias avaliando as chances de estar perdendo dinheiro no meio do caminho se por ventura, repentinamente, tudo na vida mudasse. Dessa vez não. Fui avisada, me dirigi ao responsável pela renovação e paguei, sem momento de reflexão, sem análise das possibilidades, probabilidades, variáveis ou hipóteses.
       Aceito o fato de que nem tudo muda tanto assim, e de que a tendência na vida das pessoas é de que certa acomodação/aceitação da rotina vá tomando conta com o decorrer do tempo (e da vida madura). Ainda assim, essa resignação inconsciente com a constância do cotidiano é surpresa pra mim, e passei o resto do dia de alguma forma tentando me dar boas vindas a um novo momento, onde as programações não são feitas apenas para curto prazo, onde as mudanças radicais cessam vagarosamente a ponto de nem precisar pensar muito nelas, onde um natal do outro, sim, está cada vez mais colado.
        É... bem vinda, Claudinha, à calmaria da vida adulta!

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